Linha
Há uma linha,
Entre a tua e a minha saudade,
Há um tempo esquecido,
Houve altura, em que não existia vaidade,
O ego era adormecido,
E a ausência sequer existia,
Era o tempo presente,
Hoje ocultado pelo silêncio,
Perpetuado na crescente distância,
Onde olhos jamais se enxergam,
Ausente de nós, embaraçados em nós,
E a voz quebra-se no vazio da glote
Pois, tudo tornou-se pretérito
Do mais que imperfeito,
E as leis da saudade asfixiam o coração,
Este último vê-se mergulhado na solidão,
Das ondas que afoga-o,
Pois, do tempo, restam apenas lembranças (...)
(M&M)