Se perdia..
De todos os encantos
Da menina flor pureza
Olhando por todos os cantos
Percorria-os com leveza
Naquelas dolentes horas
Ensolaradas tardes eternas
O viver é sempre o agora
Cálidas flores de primavera
Riscava brincando no chão
Suspirava cheia de saudade
Correndo por todo o vão
O vento serpenteava na eternidade
Candida flor do amor
Que todos querem cheirar
Sorriso farto e cheio de cor
Enfeitava todo o seu olhar
O tempo já era passado
A luz clara quase se ia
Num tom descompassado
E assim do nada ela se perdia
A vida virava poesia
Já naqueles dias
Do nada tudo se refazia
Embriagadoras e doces alegrias
Que naquele olhar tudo traduzia
E de azul a terra se enchia