JÁ PASSOU DO MEIO -DIA...
Ainda há pouco
Era dia!
Todo o sol se acendia.
Para mim... ele nascia?
E eu que apenas dormiria,
nem os olhos abriria.
O tempo me salvaria
No meu sono, parecia.
Tudo inerte estaria
Como se a batuta fosse minha!
Rimar vento com alento
Sem nenhum pressentimento,
Só mero entretenimento!
De viver a cada dia.
Fosse qualquer alegria!
E agora...no relento
Já é bem mais de meio- dia!
Ressonar sonhos vigios
Onde o despertador
Não é mais um som gentil.
A batuta dos desmandos
Só revel ao meu comando.
Já passei do meio- dia!
Um céu quieto lá no alto
Ilumina os sobressaltos.
A comtemplar tantos destinos
Nuvens passam aventureiras,
Das alegrias zombeteiras.
Numa orgia passageira.
Já é bem mais de meio dia...
E eu desperto: Quem diria?
Quem ligou a nostalgia?
Abro os olhos assustada,
Sou eu mesma na empreitada?
Aonde vai a minha estrada?
Instigantes e
Imprevisíveis
Tempos idos sobre o asfalto
Aos destinos impossíveis.
Tempo de reacender os sóis
No horizonte dos lençóis.
E sonhar ser verso grande
Para o além do limitante
Tempo e espaço, ser mutante!
Era o que eu almejaria
Na mais íntima poesia...
Para o além do meio- dia.
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