Tempestades.
Elas sempre voltam.
E assim,
me varrem os sentimentos,
os sonhos, os brios
e os cios das manhãs.

E minhas paixões,
como clãs de gente insana,
arranham os vidros da janela
numa súplica singela
por uma chancela
de amor perfeito.

Mas nada resiste.
E quando os ventos se vão
restam apenas resquícios
das vontades e dos vícios.

Como moinhos emperrados
meus braços cansados
procuram os quadris,
de almas gentis,
que com fé, malícia
e um batom vermelho,
sempre me levam de volta
ao carrossel da rua...
ao panteão da lua...