A DERIVA EM UM BARCO DE PAPEL
Navegando estou em um mar de lágrimas obscuras
Jogado em um barco de papel, numa triste aventura
Como um pirata que perdeu o mapa do tesouro
Desnorteado e pobre, pois tu eras o meu ouro
Ontem navegava pelas curvas do teu corpo
Porém hoje estou à deriva neste oceano de amargura
E dói mais ainda, lembrar que em teus era feliz
Sentia-me o mais afortunado entre os Homens
Vivia uma vida de lord e de muita fartura
Sempre que beijava os teus carnudos lábios
E sentia a frescura da tua saliva matando a minha cede
O toque das tuas mãos fazia-me subir pelas paredes
Mas hoje sinto-me perdido como um peixe nas garras de uma grande rede
Servindo de refeição
A depressão, p’ra qual condenaste o meu coração
Todo aquele fogo de amor e paixão
Tornou-se em chamas da maldição
Nunca senti nenhuma dor desta natureza
Estou profundamente mutilado
Sem vontade de continuar lutando
Deixar-me-ei levar pelas ondas da tristeza
Quem sabe depois de percorrer tantas milhas
E com um pouco de sorte eu encontre uma ilha
Sem traições, nem armadilhas