Eu começo um poema
pelo título, ... quase sempre.
Sem saber nem mesmo,
o que diabos eu vou escrever.
É a coisa boa, de não
me importar mais se vou ser lido
por um, por muitos... ou nenhum.
É barco que se foi... e já virou.
É barquinho que teve a tripulação
devorada por golfinhos...
[acho os golfinhos sonsos, dissimulados
Odeio eles. Já disse isso antes?
Discutiremos o assunto num outro poema]
Escrevo, escrevo...
e escrevo... me sacudindo na cadeira...
Não, eu não estou drogado ou possuído...
É apenas café e a guitarra do AC/DC.
tocando num som alto,
bem alto...
Nesta tarde quente.