"PELA JANELA" Poema de: Flávio Cavalcante

PELA JANELA

Poema de:

Flávio Cavalcante

I

Pela janela a inquietude me devora

Ventos e trovões fazem terror lá fora

Vendo a chuva pra ver se o tempo melhora

Pela janela o assobio do vento apavora

II

Pela janela do meu quarto vejo a chuva

A noite em breu me causa visão catanduva

Protegido pela laço entrelaçado na luva

Entre luzes de quimeras na janela viúva

III

Pela janela respeito do vento, o seu assobio

O grito da loba louca estridente me arrepio

Me agasalho e me deito, me protejo do frio

Adormeço e o meu sonho voa longe e arredio

IV

Pela janela me curvo e fico para ver a neblina

Na ânsia esperando o bom dia de alguém

A minha esperança é rever a linda menina

De olhos grandes e gateados também

V

Pela janela, minhas lágrimas, choro

Suspiro embaçado apago com a flanela

Entre soluços e fortes suspiros, imploro

Através do vidro transparente da janela

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 03/06/2021
Reeditado em 03/06/2021
Código do texto: T7270622
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