Grão de areia
GRÃO DE AREIA
Em praia deserta
No silêncio da madrugada
O grão de areia meditava
Na sua insignificância
Ali,bem perto do mar
Gemia temendo as ondas
Tinha uma visão perfeita
Da amplitude daquela areia
Mas, sabia que era um grão
Perdido naquele infinito
Ficava agitado pelas ondas
Elas vinham e iam
Debatia-se todo o tempo
Para permanecer vivo
Ruídos? Apenas das águas
Seu olhar voltado ao céu
Enxergava sua pequenez
Diante do universo
Suspirava e implorava
Ao poderoso DEUS perdão
Pela humanidade
Preferia ser pisoteado
Mas queria a salvação
Do homem
O grãozinho chorava
Com medo da extinção