Inócua vontade
à meia-noite ouço a tua voz de anjo
num voo desalmado de nadas
mesmo lá no meio Céu com o arcanjo
que nos protege desse vazio de coisas amadas
e ter-te-ei por perto
sempre que te esqueceres
do poder de nada ser o certo
da vida que incerta quiseres
viver para sempre numa alma alada
na restrita e inócua vontade
de ultrapassar essa cifra abalada
pelo eterno amor que emana da verdade