Inócua vontade

à meia-noite ouço a tua voz de anjo

num voo desalmado de nadas

mesmo lá no meio Céu com o arcanjo

que nos protege desse vazio de coisas amadas

e ter-te-ei por perto

sempre que te esqueceres

do poder de nada ser o certo

da vida que incerta quiseres

viver para sempre numa alma alada

na restrita e inócua vontade

de ultrapassar essa cifra abalada

pelo eterno amor que emana da verdade

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 02/06/2021
Código do texto: T7270027
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