REVOADA
Voando pelo céu, bem-te-vi e beija-flor,
Enquanto outros o seu canto ecoam,
Um vento forte assobia o seu louvor.
As densas nuvens turvas recuam,
Quão beleza! Também querem contemplar.
Andorinha, quero-quero e rouxinol,
Num céu em festa pura e natural
Encanta o dia que se encerra com o arrebol.
É fascinante a criação da vida!
Seja o sopro que se tornou racional
Ou o avivo de perfeição irracional.
É numa bela revoada
Contemplada de beleza e poder,
Hipnotizada pela sinfonia do canto,
Que o homem deveria aprender,
Que a harmonia é bela de se ver.
Ênio Azevedo