RASGANDO PÁGINAS DE UM GRANDE AMOR!
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            Vou rasgar as minhas amarras porque elas são páginas!


Não vou desamarrar nada!



Não existem nós que me prendem!



Existem dores contidas nos versos transcritos e em tantas letras reunidas que desfazem do meu amor!



Vou queimar um número imenso de sensíveis fatos sem causar fumaça...



não posso aquecer o ambiente e tampouco poluí-lo!...



Mas preciso incinerar e você será o resultado disso!



Amarrarei as partículas dos seus suspiros para enfeitar as minhas noites sombrias e para sonorizar o meu cântico de sofrido ato,


mas me permitirei esquecer dessa forma um tanto ilegítima,

um tanto excêntrica embora eu já tenha, por dedicação à sua lembrança, me perdido neste decurso ilocável!


Vou rasgar de maneira que as partículas  dessa história não se reconstituam nem em pensamento...



E depois de juntar tantas exclamações sobre nossos encontros

que se configuraram no mais abrupto desencontro,

tentarei escrever com as estrelas um outro sentido que me possa causar o riso, que me faça crer que é possível ser feliz sem ter que rasgar

tantas páginas de uma vida!



©Balsa Melo


17.06.06


Cabedelo - PB

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 07/11/2007
Código do texto: T726866
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