INVERNO

As horas fenecem
Entre os giro dos ponteiros
Enquanto a noite sorrateira
Usurpa a luz do dia
Trazendo para o interior da casa
O céu cinzento do inverno.

O vento impetuoso
Devasta as flores no jardim
Com sua dança irreverente
Fazendo definhar até mesmo
As copas mais frondosas do bosque
Tornando-o sombrio e inabitável.

As nuvens pesadas
Declaram o fim do verão
Do calor da sua juventude
Da viçosidade das cores
E da alegria que mantém a ​sua estação.

Revelando aos poucos
A nudez da sua natureza
Ante a implacável foice do tempo.
Xícaras de Prosa
Enviado por Xícaras de Prosa em 31/05/2021
Código do texto: T7268603
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