EM CENA
Quando as cortinas se abrem
Mostrando minha face escondida
E as luzes se acendem no palco
Já não é mais minha vida
Ali, na cena real
Por completo está agora
Eu, o ator protagonista
Diante de uma história
Chorando com minhas lágrimas
Ou feliz com meu sorriso
Posso ser tudo ou ser nada
Frias trevas ou paraíso
Posso ser o encanto
Da paixão e da magia
A saudade de um amor
Na triste noite vazia
Ser um pobre mendingo
Um rei, ou um coronel
O doce sabor de um beijo
A amargura do fel
Mas tudo só tem sentido
Se feito com a verdade
Onde a alma do ator
Transborda sensibilidade
E chega até aquele que vê
A corrente da emoção
Pois o alvo do ator
É sempre o coração