Ambivalência
No conforto da noite..., me deito.
Os pensamentos me tomam.
Vejo coisas..., ouço coisas...., sou tais coisas.
Volto ao passado.
Estou lá..., vejo a mim.
Quase me reconheço...
De volta ao quarto..., os retratos.
Novas lembranças.
Liquidez...
Na certeza fluida...,
da existência muda...,
aceno a todos.
Quem será essa gente?
Não há quem responda.
Visito então o futuro...
Dou voz à angústia.
Sinto culpa. Sem razão...,
sem saber quem ou o que sou.
Anseio pelo dia... e ele chega.
Na sua proteção..., durmo em paz.
Existências paralelas de mim...
Viva Richard Bach! Sou Um!
No sono e em sonho, sou feliz...,
ainda que na ambivalência emotiva de quem chora ao sorrir.
Desperto.
Abro os olhos.
Outra vez solidez...
Ipatinga, 31 de maio de 2021.