Catarse
na vastidão do tempo
cristalizaram-se memórias
das mais improváveis histórias
dos quereres clandestinos
atando nós pro destino
de coisas que não findaram...
os verbos, lá, hibernaram
pr'um hiato, um tempo vazio
por longo inverno a frio
e agora se escancaram
e despem, de novo, as almas
e as dominam com o calor...
despertas ao total fulgor
que surge em tons de magia
vêm pra suscitar poesias
catarses aos corpos famintos
que exalam, dos poros, gritos
sedentos de todo amor...