FLOR MENINA.
Eu ando distraído
escutando coisas,
versos e reversos,
num impenetrável mundo,
coisas vão além,
deste imaginário
verbo.
Mundo marginal,
lágrimas, vendavais,
tudo se desfaz, dores
turvos ais,
vão nos triturando,
a magia carne, que no fundo
arde,
como um vulcão em chamas.
Versos temporais,
que de quando em quando
vem em minhas vias,
só pra me usar,
eu em carne sangro,
nesta tarde lânguida,
molhando meu rosto
neste seu desgosto,
vou me definindo,pássaro voando
sobre o oceano,do teu paraíso.
Para-me este ar,
que me atravessa, e me arremessa,
neste abismo ,
cura-me a ferida, revezes da vida,
que na doce dor,
,vem me endireitar, olha neste verso,
que me arremeto, e neste frio assim,
dou conta de mim,
e me aconchego no batom carmim,
do teus lábios paz.
Olha quanto dura,
está minha fúria, que agita as fibras,
comboios de corda,
que pulsa no peito,
e que de certo jeito, vem te revelar,
você flor menina,
luz que tanto brilha,
no jardim que habita este lugar peito,
que suspira fundo, revelando ao mundo,
o amor que há.
Teu corpo lateja, outras aventuras,
cava a sepultura, coloca este corpo,
pra desintegrar,
nesta fria dor, que derruba a alma,
subtrai a calma, revoltoso mar,
tudo ai termina, bela flor menina,
pelas tuas mãos,
este corpo inerte, que beija a grama,
ainda respira, sua forte chama,
até se entregar, sentimento alado,
morto pelo pegado,
de viver e amar.