REFLEXÕES ENTRE O MUNDO E O TEMPO
por Juliana S. Valis
No horizonte profundo, as estrelas renascem
Como artífices indenes no vão das horas,
Onde apenas o coração sente a vastidão do tempo,
Entre o vento, a emoção e a memória do que nunca foi,
Na contramão deste mundo insensível de seres - máquinas,
Sempre reproduzindo o padrão insaciável de parecer
O mais forte, o mais rico, o mais belo, o mais cínico,
Entre rótulos hipnóticos de autoilusão parcelada
Em milhões de vezes nos cartões de crédito virtuais...
Mas onde seremos "ideais" se o mundo real nos golpeia
Nessa injusta teia de suas hipocrisias ?
Por isso, talvez nos venha essa saudade do que nunca foi,
Essa estranha saudade de tudo que não existe,
A bondade ideal, a utópica paz, que não dá lucro,
Pois tanta idealização não nos cabe como seres reais,
No labirinto dessas reflexões entre o mundo e o tempo,
Entre sentir o vento, no fundo, e abraçar a sorte,
Neste mundo que não se importa com sentimento,
Mas apenas com cédulas entre vida e morte,
Talvez sentir e sonhar seja um principio de força,
Talvez a arte nos salve, no que a vida importe.
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https://literaturadigital.recantodasletras.com.br/
por Juliana S. Valis
No horizonte profundo, as estrelas renascem
Como artífices indenes no vão das horas,
Onde apenas o coração sente a vastidão do tempo,
Entre o vento, a emoção e a memória do que nunca foi,
Na contramão deste mundo insensível de seres - máquinas,
Sempre reproduzindo o padrão insaciável de parecer
O mais forte, o mais rico, o mais belo, o mais cínico,
Entre rótulos hipnóticos de autoilusão parcelada
Em milhões de vezes nos cartões de crédito virtuais...
Mas onde seremos "ideais" se o mundo real nos golpeia
Nessa injusta teia de suas hipocrisias ?
Por isso, talvez nos venha essa saudade do que nunca foi,
Essa estranha saudade de tudo que não existe,
A bondade ideal, a utópica paz, que não dá lucro,
Pois tanta idealização não nos cabe como seres reais,
No labirinto dessas reflexões entre o mundo e o tempo,
Entre sentir o vento, no fundo, e abraçar a sorte,
Neste mundo que não se importa com sentimento,
Mas apenas com cédulas entre vida e morte,
Talvez sentir e sonhar seja um principio de força,
Talvez a arte nos salve, no que a vida importe.
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