O meu silêncio
A angústia faz parte da noite em versos
Na exatidão da água que aquece o mar
De tal modo que abre as pedras em ondas
Para a natureza deitar o som da vida
Tudo se forma nos degraus por excelência
A alma perde o sentido e anula a ideia
Em meio ao caos a vida se lança
Ando léguas num pensamento sem sombra
Não sei quando tenho aquela alegria
Existe um silêncio sem procela
Sinto fundo os sonhos que o vento leva
Longe do passado a idade dobra a hora
Não sei quando tenho aquela alegria
Tudo desfia quando o sol lento perpassa
Fico em silêncio no muro da parede
Onde ganho flores para crescer o meu chão
E mostrar aos anos o meu jardim guardado
Quando em minha alma habitam dores
Para colorir os anos da minha solidão
Sem pressa para gastar a edição da vida...