Parei, respirei, chorei para molhar a terra seca, sorri.
Precisei parar. Dar meia volta. Recomeçar. Retornar. Muita coisa acontecendo, sentimentos transbordando. Parei. Respirei. Me ausentei de muitos lugares. Foi necessário faltar. Não dar conta de tudo, suportar as adversidades, o real não dá uma única folga, até as palavras faltaram para escrever, o que antes era fértil ficou como terra árida, solo rachado como à terra no sertão.
Por isso precisei parar... As pausas são necessárias.
Parei, respirei, chorei para molhar a terra seca, sorri. O caminho muda e muda o caminhante, não tem certo ou errado, apenas o caminho singular, solitário, por vezes compartilhado, mas nem por isso menos dolorido.
Parei para sentir onde pisava, em qual direção seguir, e então continuar a trilha, com subidas descidas, obstáculos, descanso e recomeço.
Agora, depois do intervalo para respeitar os limites, prossigo, movendo-me passinho a passinho encontrando um jeitinho único, raro de amenizar as dores do viver.