LEMBRANÇA QUE SÓ AMARGURA E ME FAZ COMPANHIA!

O vento gritava soprando a face...

o resultado dos seus gritos trouxe

a chuva com pingos reticentes...

foi assim a noite inteira!

Tremiam minhas vísceras

causando a eqüidade com a chuva!...

Misturaram-se todos os motivos dos gritos,

os meus e o do vento!

Fui capaz de permanecer em silêncio e,

apenas, soprar para escanteio

o ar que espremia o nó da vazia noite!

Insisti em demasia para não inverter o drama,

mas traídos foram os meus olhos

quando num surrupio cessaram-se as lágrimas!

Noite infinda,

fria,

mas incinerando o meu coração!

Chuva repleta de ais traduzindo

aqueles que pingaram dos meus olhos!...

Incessível vento!

Momento que sopra um vento

dorido que atende pelo seu nome

misturado nessa lembrança incontida

que só amargura e

me faz companhia!

©Balsa Melo

20.05.06

Cabedelo - PB

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 06/11/2007
Código do texto: T726410
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