DOR...DOR DE GENTE!
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Intrusa!


Cerrei todas as entradas tentando coibir sua existência!


Silencie meus gestos por não suportá-la mais!


Segurei a cabeça entre as mãos num desespero profundo!


Meus olhos não suportavam a sua sobrevida!


Desejei que a posologia fosse o seu fim!


Soberba!


Estremece minhas entranhas!


Em todos os lugares eu me sinto incomodado!


Não consigo me livrar de você!...


Tento cuspi-la,


suspirá-la,


amassá-la,


chorá-la,


mas tudo se denota inerte!...


Dor, oh dor! como maltrata minha vida neste recôndito mundo do meu corpo!


Não é física e finda sendo!


Não é perceptível aos outros olhos,

mas os meus lacrimejam!


Não é palpável,

mas minhas mãos são trêmulas!


Não é dizível embora eu rabisque tantos sentimentos deletérios à minha hora que vive um sopro de solidão!


Vou chamá-la simplesmente de dor...


dor de gente!   


©Balsa Melo


13.05.06


Cabedelo - PB

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 06/11/2007
Código do texto: T726405
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