Estrada Perdida(Poema 8)
Malfadado desejo mãe de todos os
Meus crimes! Malfadada saudade
Cujo nome se esquece, mas depois se lembra
Entre lágrimas junto ao uísque evaporado.
Vaga minha mente inerte como um pêndulo
Pendurada no meu inconsciente...
Vaga inerte minha solidão escondida
Dentro da alma melancólica e soturna!
Malfadada sorte aquela que me espera quando
Eu caminho pelas estradas no fim de verão.
Passos descuidados levam-me as sombras
Da floresta escura que desvia meu caminho.
Malditos desvios! Por quanto tempo mais terei
Que suportá-los? Por quanto tempo ficarei perdido?
As estrelas me negam o caminho e perambulo
Como um peregrino que esqueceu o caminho
Da peregrinagem, quantas luas estarei vagando
Pelas sombras dos bosques que apenas os
Piores demônios podem andar?
A estrada me é extremamente enfadonha,
Meus pés me levam a caminho algum,
E o medo toma conta de mim... Desoladora
A sorte que carrego comigo por tanto tempo,
Acaso serei eu um joguete de forças obscuras?
Pelas sombras nefastas do desconhecido
Navego sem destino, sou um náufrago perdido
Em um oceano imenso e sem nenhuma esperança.