UM POEMA
Quando te assola o frio da madrugada,
Agravado pelo cair da chuva fina,
Da tua doce alma de menina
Aflora uma poesia apaixonada.
É como se os dias entristecessem,
Ou tudo perdesse o seu colorido,
Das ruas, não se ouve o alarido
Usual, qual se todos desaparecessem.
Se te faz falta o sol, em sua luminosidade,
Ou te ressentes do que de belo, a natureza
Esconde, como a cobrir com manto de tristeza,
Se, dos canoros pássaros, sentes saudade,
Sabes que somente teu corpo, nesse momento,
Padece o intenso frio que te faz sofrida,
Posto que a alma, esta tu tens aquecida,
Por tão somente me teres em pensamento.
E se ora não está meu corpo a aquecer-te,
Tens da minha alma a chama que não esfria,
A transformar tua saudade em pura poesia,
Até que, em meus braços, possas proteger-te.
Sim, teu pensamento busca a minha companhia,
A que te sintas tomada de todo o meu calor,
Ouvindo-me sussurrar mil versos de amor,
Em forma de uma sublime e doce melodia.
E, se estamos longe ou perto, torna-se indiferente,
Porque, se de nossos corpos nos aflige a ausência,
As almas se unificam, como fizessem reverência
A esse amor que não deixa, um do outro, ausente.
Tu és minha poetisa e musa, sou teu muso e poeta,
E se, agora, tu de mim estás assim, distante,
Aproxima-se de nós a aurora, quente e radiante,
Na qual a paz da nossa poesia se completa.
Bom dia, amigos.
Ótimo domingo, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.