Ampulheta sem tampa
Dedicado ao romance Capitães de Areia, de Jorge Amado
Vejo os meninos sem as suas vestes
Correndo os becos da velha Bahia
Amando a vida, idolatrando a boemia
E os meninos, os filhos D´Oxum
Capitaneando a areia
Como se desejassem guiar a vida
Vejo os meninos de papo pro ar
Tendo as estrelas como cobertor
A cidade de Salvador, a mãe morta
Vejo os meninos sem a moral instituída
Suas revoltas
Sonhos reformados
Órfãos: os capitães, a velha Bahia.