Pétalas mortas
retirei minhas mãos de sobre o peito
nelas havia pétalas mortas
carmim mortificado em pétreo leito
que escorreram por entre brancos dedos
sem que o rosto esboçasse qualquer expressão
de desejo em tê-las perfeitas...
pergunto-me
em que curva da estrada da vida
arruinou-se o anseio da existência
perscruto meu próprio entendimento
do intenso sorriso
daquela verdade que pulsa
em saber-se feliz
como quando era criança
e todas as flores
eram belas e perfeitas...