A minha tragédia
Trago dentro de mim.
Um mar de ansiedades.
Feito de nadas e porquês.
De sim(s), de não(s), e então(s),
E de apertos no coração.
De tropeções quando ando.
Pela rua mareando,
nesse mar, de imensos ensejos.
São os calhaus da calçada
Que encontro pela minha frente.
Qual caudal descomunal.
Que eu não consigo vencer.
Pesam-me as pernas!
Ou pesam-me mais as tragédias?
que trago dentro de mim.
Os meus nadas, são os meus devaneios.
Os nãos, as minhas desilusões.
Os porquês, as minhas obstinações.
Os sins, os meus consentimentos.
Os nãos, as minhas recusas
Os entãos, as interrogações
Se devo ou não prosseguir
Com o que chamo meus delírios.
Torná-los realidades.
Fazer deles o meu grande desafio
E o aperto no coração?
Só quem o não tem, o não sente.
E faço desta convenção.
A minha grande tragédia
Que me embarga aptidões.
De enfrentar com denodo
Esse caudal de hesitações
Mas se guerreira eu sou?
Comprovei-o muitas vezes.
E se a vontade sai de mim
Quem faz a tragédia sou eu….
De tta
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