BEBIDA DERRADEIRA
BEBIDA DERRADEIRA
A queixa do coração treme
Transpassada no suspiro
Sem um daqueles sonhos níveos
De quem espera uma festa tranquila.
A vez da interrogação suspende
A timidez do passo da paixão
As cinzas estrelares vêm
Quando o turno noturno é soturno
No verão é mais fácil aquecer a libido
Dos seres bebidos com ardor,
Tateantes à procura de uma oração.
Encolho-me nos segredos das palavras
Delas aspiro uma satisfação
De quem não precisa beber para ser feliz.