DIVA


Aquela mulher que passa
é feita da areia de várias épocas.

Tem o doce olhar vagante
das primogênitas do velho Egito.

Seu caminhar determinado
é o de passos que conquistaram mundos.

Seus gestos simplificados
dissolvem-se como pétalas em cor.

Sua voz pressentida é como
o som eólico da harpa.

Assim é a mulher que passa.

Um elo entre a realidade luminosa
e a fantasia inesgotável do poeta.


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Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 15/05/2021
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