Tome (a) as rédeas
Solta à vontade,
Tens-me aqui para domar,
Afague, enquanto a fome invade,
Suspire, sem antes penetrar no a(mar),
Tenho o mar revolto de desejos,
Ondas molhadas ao calor dos beijos,
Tenho na pele areia a me arrepiar,
Confesso estar pronta a naufragar,
Não tenhas pressa, há muito pra explorar,
Use as mãos, antes de começar a nadar,
Se arqueólogo das minhas zonas de tensões,
Estimule o solo, enquanto nascem as terminações,
Sem constrangimentos toca-me,
Visualiza-me como um todo,
Toma-o por inteiro,
Esse corpo e alma,
Essa vontade selvagem,
Essa fome avassaladora,
Estou perdida sem bússola,
Estou entregue a tua margem,
Não busques respostas,
Vem, tens rédeas curtas,
Sinta a humidade das minhas ondas,
A brisa geme ao som do teu toque,
Não provoques, sem que proves do sal,
O contraste de sabor, 100% natural,
Beba-o enquanto está a escorrer quente,
Sacia-te enquanto o tens da fonte,
Mel adocicado para os teus lábios,
Entre as tépalas da minha flor rosada,
Latejante na pura essência sem censura,
Onde há sincronismo da comunhão do corpo,
Entregue para que tomes as rédeas,
Das sanas vontades, aos insanos desejos
Do florir da jovialidade da alma,
Coma cada pedaço com aquele prazer,
Para que alimentes todo esse querer,
Seja redundante, e fá-lo sem nada temer,
Entrego-me completamente nua,
Na mais pura representação da lua,
Orvalhada de aromas da sedução,
Para que o teu sol,
Penetre os anéis da minha jovialidade (...)
(M&M)