Gasta-se o tempo e não a vida
Gasta-se o tempo e não a vida.’
Juntos tivemos partilha, vida, sonhos, vitórias… bons tempos.
Recordo a tua pele na minha pele, o teu sexo no meu sexo …
Parece que ainda sinto a intensidade dos nossos orgasmos e o êxtase dos nossos sentidos.
Sem limites dediquei-te toda a minha vida, toda a minha essência.
Vivi para os nossos encontros, para a intensidade dos nossos sentidos.
Nos teus braços esqueci-me de mim … eu não era nada sem ti.
No meio de muitas desculpas, disseste que o nosso tempo se gastou.
Não entendo como se pode gastar o tempo, o meu não se gasta.
Partiste … eu fiquei. Contigo levas-te o nosso tempo e, pensava eu, a minha vida.
Chorei a perca, chorei o abandono, chorei o desamor … chorei o nosso tempo.
Chorei até se me acabarem as lágrimas, e mesmo assim continuei chorando.
Continuo a amar-te mas, finalmente, revivi. Gastou-se o nosso tempo, não a minha vida.
Agora vou viver, talvez encontre outro grande amor… se não encontrar não importa…
Hoje o tempo é meu, finalmente recuperei-o. A minha vida, o meu tempo, já não és tu.
Hoje vou sair e divertir-me, flirtar, rir, amar, sentir o cheiro do mundo,
Escutar os sons da natureza, desfrutar do barulho do silêncio … viver o meu tempo.
Hoje vou obter o orgasmo dos meus sentidos e o êxtase da minha vida.
Hoje vivo o meu tempo, intensa e apaixonadamente. Não tenciono gastá-lo.
Caso se gaste o tempo não vou deixar que se gaste a vida. Vou continuar a viver, a sonhar e a amar.
Vou, eternamente, ser feliz e o tempo será só meu.