Sombra em mim
Detestável quando o que restam são promessas.
Se ao menos possuísse a ingenuidade da esperança.
Nem esta opção...
Bem queria eu a frieza das pedras.
Mas tudo que sinto é um vasto torpor.
No escuro estou em braços maternos.
Na doce luz lunar, acolhida,
como que embaixo das asas de um nobre anjo.
E enquanto imersa em uma delicada aura dourada.
Demônios me visitam em sonhos.
Tentando fugir de mim mesma,
permaneço às margens de um abismo insano.