cowboy
sinta, ao olhar
de lee van cleef
a medula congelar
sapato de grife
salto alto, artrite
gaita de boca
uma valsa, tosca
arisca, a sirigaita
não come mosca
à luz fosca
num tiro certeiro
a ruiva de trança
sem paradeiro
acerta o cocheiro
no meio da dança
encilha um enredo
para sair da lambança
aponta-lhe o dedo
a remota criança
que traz em segredo
e o velho cowboy
que vai pela ravina
a saudade remói
é a fronteira da sina
do decaído herói