Eu não tenho nome
Não me chamo pelo meu nome
Não me agrado em imaginar que sou viva
A vida me é tão insensata
Que prefiro por vezes deitar-me às estrelas
É desejar por sê-las.
Conta-lo-ei meus líricos motivos
A enlutar-me perante os culpados
Os faço todos inimigos
Ora amigos angelicais
Mas nunca a face que se contorce
Tornou-se em formas abstratas por acaso.
Pois brincam à beira do mar
São perversos semblantes ao sol
Deteriorando estéticas perfeitas a meu ver.
Não a escolho
A massa de pessoas que avança junto á nuvem
devendo-te vintens
Meros centavos que pago com a alma
Pois onde sou e onde morei
Não há ouro ou prata
Cobre ou pedrarias.
É a ganância uma defunta
E a acaricio em pensamentos
Todos envoltos em flores murchas
Amarelas tal qual minha loucura
E azuis que se lembram
O passado submerso em pranto imortal.
Agora diga-me. Sim!
Às de dizer -me
O quanto eu não valho
Perante o mundo decaído
Pois viro minha morta face
E a dou como entrada
Para o eterno exibir de nossas ignorâncias.