Eu não tenho nome

Não me chamo pelo meu nome

Não me agrado em imaginar que sou viva

A vida me é tão insensata

Que prefiro por vezes deitar-me às estrelas

É desejar por sê-las.

Conta-lo-ei meus líricos motivos

A enlutar-me perante os culpados

Os faço todos inimigos

Ora amigos angelicais

Mas nunca a face que se contorce

Tornou-se em formas abstratas por acaso.

Pois brincam à beira do mar

São perversos semblantes ao sol

Deteriorando estéticas perfeitas a meu ver.

Não a escolho

A massa de pessoas que avança junto á nuvem

devendo-te vintens

Meros centavos que pago com a alma

Pois onde sou e onde morei

Não há ouro ou prata

Cobre ou pedrarias.

É a ganância uma defunta

E a acaricio em pensamentos

Todos envoltos em flores murchas

Amarelas tal qual minha loucura

E azuis que se lembram

O passado submerso em pranto imortal.

Agora diga-me. Sim!

Às de dizer -me

O quanto eu não valho

Perante o mundo decaído

Pois viro minha morta face

E a dou como entrada

Para o eterno exibir de nossas ignorâncias.

Ligeia Amanna
Enviado por Ligeia Amanna em 13/05/2021
Código do texto: T7255071
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