Vento
Vento
Uivos soam por entre as folhas densas das árvores,
Um frio gélido penetra os ossos de forma cortante,
Tiritando aperto o casaco e aconchego o cachecol.
É o vento norte que chega de rompante.
Com ele traz o frio polar e a ameaça de neve paira no ar.
Tímido um floco de neve é projetado para o meu rosto
Com o calor da pele derrete e desliza devagar.
Furioso, o vento, projeta muitos mais.
Vento forte… neve no ar… é urgente me abrigar.
Cerro a porta e acendo a lareira, tiro o casaco e espreito.
Pelas vidraças vejo folhas que esvoaçam vigorosamente,
Fogem do nevão nos braços de uma rajada de vento.
O chão cobre-se de neve e o vento teima em ficar
Sacode vigorosamente as copas do arvoredo.
Tenta proteger as folhas verdes e os últimos frutos.
As horas passam e eu continuo olhando o vento que passa.
Sonho que transporta beijos ternurentos,
Carícias suaves de mãos invisíveis.
Sonhos, desejos e promessas sopradas ao vento.
Vento sábio… vento mágico… só vento.