Poema e sequencia soneto
"Neste poema, um compõe o outro"
*Dor d'um poeta
Ele, o poeta.
Tentara hoje, compor, um poema.
Ardente, cali ente, sedutor!
Não conseguistes, porém.
Inspiração baixa, em baixa.
Palavras embaralhadas.
Versos, sem sabor!
Rimas, sem cor.
Texto complexo, sem nexo.
Escasso de teor!
Resolvera então.
Num suspiro reticente, envolvente.
Se recompor!
Calado, calado sofria o poeta.
Coração em chamas.
Profundo ardor.
Alma em dor!
Ele, o poeta, insistira, persistira.
Compor a então;
O soneto do amor!
***
-Murcharam-se as flores, dos meus jardins.
Sem viço, não mais atraem… beija-flores!
O cravo e a rosa, não mais enamoram “afins”!
Perdeu-se a essência, entres seus amores.
-Calado sofre o poeta, ao ecoar dos clarins!
Remotamente partira, causando-me dores!
Lembranças, saudades, cicatrizes em fins!
Monocromático… meus jardins, sem cores!
-Há, porém, um sonho latente entre seus sonhos.
Musa, presente dos céus, na Relva do Olimpo!
Calado sofre o poeta, noites e dias, tristonhos!
-Assim compõe este poema, mente sã, corpo limpo.
O poeta já consegue sorrir, em suas perdas e ganhos.
Num jogo de caças palavras. Poeta, soneto, garimpo!
Adilson Tinoco
O
Poeta das flores!
13/05/21