a bolha
No topo a bolha
Como império único
A reluzir equivocos perenes
No topo o rumo
O sumo, o lume,
A ossatura linear
De tão vulgar
No topo a regra
Às cegas a navegar absolutismos turvos
Íngremes, rotos
Ledo engano de covardes a morrer à míngua em buscas de uma única verdade
Vereda cerca com alicerces promíscuos
No topo a origem
Crivada pala agonia sem rastros de cheiros opacos
No topo o certeza certa inequívoca
Desagrado segredo absoluto de medos
No topo a cegueira esguia e faceira
A detonar
A guilhotinar
Outras moradas
Outras verdades
A transpirar solidão
E fertilidades
De outras realidades
A pulsar
Conexões em labaredas cíclicas
Cheirosas como
Devem ser os caminhos
Sem o equívoco lerdo e lento
Sedento de abrigo
De ser centro
Nem topo de nada
Mas equįvocos também nutridos por enganos
São forçados a crer
E a viver uma pseudo felicidade.
(raimundocarvalho)