a bolha

No topo a bolha

Como império único

A reluzir equivocos perenes

No topo o rumo

O sumo, o lume,

A ossatura linear

De tão vulgar

No topo a regra

Às cegas a navegar absolutismos turvos

Íngremes, rotos

Ledo engano de covardes a morrer à míngua em buscas de uma única verdade

Vereda cerca com alicerces promíscuos

No topo a origem

Crivada pala agonia sem rastros de cheiros opacos

No topo o certeza certa inequívoca

Desagrado segredo absoluto de medos

No topo a cegueira esguia e faceira

A detonar

A guilhotinar

Outras moradas

Outras verdades

A transpirar solidão

E fertilidades

De outras realidades

A pulsar

Conexões em labaredas cíclicas

Cheirosas como

Devem ser os caminhos

Sem o equívoco lerdo e lento

Sedento de abrigo

De ser centro

Nem topo de nada

Mas equįvocos também nutridos por enganos

São forçados a crer

E a viver uma pseudo felicidade.

(raimundocarvalho)

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 12/05/2021
Reeditado em 16/05/2021
Código do texto: T7254129
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