Pare

veículos correm

pessoas cegas

avenidas sem fim

dentre o barulho

não se veem

passando através de si

na loucura da correria

do cotidiano

o caos impera

passou mais um ano

um turbilhão

portas giratórias

crachás e códigos

entre poeira e poluição

necessidade urge

no não e no sim

até a derradeira

hora de dormir

acordar exausto

pra recomeçar

na velocidade da luz

se levantar

produzir trabalhar

sem cansar, não pensar

até que veio um vírus

nos obrigando a parar

e pra si mesmos olhar.

Helena Dalillah
Enviado por Helena Dalillah em 12/05/2021
Código do texto: T7253894
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