Pare
veículos correm
pessoas cegas
avenidas sem fim
dentre o barulho
não se veem
passando através de si
na loucura da correria
do cotidiano
o caos impera
passou mais um ano
um turbilhão
portas giratórias
crachás e códigos
entre poeira e poluição
necessidade urge
no não e no sim
até a derradeira
hora de dormir
acordar exausto
pra recomeçar
na velocidade da luz
se levantar
produzir trabalhar
sem cansar, não pensar
até que veio um vírus
nos obrigando a parar
e pra si mesmos olhar.