O Sentido da vida
Em muitas versões
Desse nosso mundo
Do tempo ou vento
Cada rebento
Tem a sua Maria
Em outros entendimentos
Naqueles momentos
Ainda prematuros
Que os olhos mal acabados
Se rendem aos outros sentidos
Tão inocente invenção cala a boca do caos e das dores
Sob o prepulso da pausa do colo
Acorda mãezinha do sono
Que o teu menino, é o teu homem
E ele, com o toque das mãos
Descobre os seios
Com o olfato sob o cheiro
Mata a necessidade da fome
Num sem rumo de horas
De gritos e risos
Brincando a olhar se apaixona pela madona
Tomando de conta todo o seu cansaço
Mesmo que a experiencia seja leiga
Com propriedade, desde os primeiros segundos
Pelo seu natural, ela o acolhe com propriedade na pele do seu veio
Desde as primícias
As mudanças da escultura artística do físico
Aos sinais crescentes daquela barriga
Desde o serão na janela das dificuldades
Cujas madrugadas se farão companheiras
Pela dor ou pelo amor
Aquela cujo codinome é amor
Com ternura assume e acalma aquela pequenina alma
Sob a voz ou calor
Ela canta, muitas vezes sob o embalo da rede
Muitas vezes, sob a nudez dos braços
Até que chega o dia, daquele anjinho,
Mesmo com dificuldades adicionar
Mamãe, ao seu parco vocabulário
A mulher mais importante de sua vida