AGORA já passam de 1 h
e você procurando filmes heroicos
e músicas tristes de quem esteve
no fundo do poço… iguais a você.

O que difere é nosso jeito
de realizar/ executar… a arte.
Corremos, maratonamos,
pilotamos Bikes e motoquinhas.
… rentes com o abismo.

todos os santos dias/ todos os dias
tooooodos… os dias…
Vejo um fundo de poço, durante
passeios pela cidade

vejo nos olhos
todos exaustos…

Todos meio assim ansiosos
por uma morte rápida, indolor
todos com medo… todos num maior
cagaço da morte.

todos cogitando a morte
após desdenhar da vida.

agora tememos fazer a passagem
e se encontrar com o outro lado
Muitas vezes é merecido, minha amiga
meu amigo…
só que muitas vezes, não.
Mas ainda existem cores
de dia existem várias, e de noite
bem aqui perto de mim:

o prato branco sujo de bolo marrom…
e as caixinhas de som
"Alanis Morissett's"/ remédios:
um de nariz e outro colírio.
Um “ron ron” de gato com sono
um preto no branco/ um preto no branco.
A gente apostando que tudo, eventualmente
vai ficar O D A R A.

Respirar talvez não seja
mais assim TÃO… fácil.

o mundo pode até retornar
ao “normal” de antes
que já era… / quem já era
quem lhe derá/ que já foi
.
o povo morrendo/ o povo caindo
o povo esfarelando
e se desfalecendo… mas ainda em pé.

Eu chegando em minha casa
guardando e aguardando por
aquelas ditas… "coisas minhas".

E me achando doente…
e achando o povo todo
doente/ idosos doentes
jovens… crianças doentes.
A garotada toda prestes a
se enforcar, trancadas nos quartos
diante de uma multidão de
"seguidores".

perceberemos
um meio-infinito
de motivos-mortais
de motivos-normais.
É aquela coisa de amor
É coisa de ser feita com
o amor liderando…

seria mais fácil ensinar
um golfinho a dançar
um pagode, numa tela
de notebook/ do que

fazer esse povo
falar e pensar
nessa coisa amor.