A VÉSPERA DE LILITH
O segredo estava no sótão
e a poeira fazia tudo parecer
antigo esquecido fantasmas
de cortinas velhas sombras
de janelas sujas voando
morcegos visões de algo
querendo tomar teu sangue
Nada era o que parecia
desde que ela entrou no bar
Do copo bebido devagar
líquido escorrido pela boca
pele desenhada do batom
escorrido na roupa curtia
a roupa desabotoada acima
de seios brancos agora
pintados de desejo lá fora
Lá fora gritavam uivos
carniceiros que vieram buscar
toda vítima estranha entre
as conhecidas trazidas pro
culto das oferendas no templo
destas obras onde a morte
do que vive de dia conhece
estremece dança e vai embora
Agora toda porta tem saída
Ela balança seu cabelo negro
nas figuras perdidas na música
Ela pede a música da psicose
Me deixa delirar no suor
por que o veneno deles quer
me matar logo que amanhecer
logo que a última estrela sumir
o céu trairá meu destino
e minha fome ficará esperando
Não vou morrer de sede
Não vou morrer de fome
Antes da madrugada fugir
estarei atrás na noite viva!