AMIGO OUTRO

Na balança do coexistir

Coloco-me títere num dos pratos,

Não absoluto e peremptório,

Tão-só meu quinhão de

Ser amigo!

Tal qual a pena de Maat.

Uma leveza de identidades,

Trama efusiva de iterações.

Conexões a plugar com o outro.

Amigo outro!

Astreia soube que o outro é como é,

E se foi... Também sei: - e fico!

E o ajuste me farei sem dor.

Vendado, desgarrado.

Amigos somos!

Na balança, o fiel persiste.

No amor, a razão desiste.

O destino. Cego...

Amigos amamos.

Simples assim

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 07/05/2021
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