JOÃO NUNES DA ROCHA O ÚLTIMO TROPEIRO DA BORBOREMA (PARTE lV)
JOÃO NUNES DA ROCHA
O ÚLTIMO TROPEIRO DA BORBOREMA (PARTE lV)
E toda tropa as eles vendiam
Passavam por fome o dia inteiro
No meio do cariri em desespero
Agonizavam sem saberem se venciam.
Deitados pelo chão com 40 gruas de agonia
Era uma verdadeira ditadura
Sem lar e sem estrutura
E pelos outros tropeiros, eram socorridos
O TROPEIRO “DE ROCHA” FOI TANGIDO
NA ESTRADA, QUE LEVA A SEPULTURA.
Arreio na mão e um chicote com certeza
O açoite e uma tropa de burros para tanger
Um longo caminho, obstáculos para vencer.
Homens valentes de coragem e braveza
O branco algodão era a maior das riquezas
Naqueles tempos de prosperidade e fartura
E os tropeiros com a sua desenvoltura
Atravessavam o cariri, seco e sofrido.
O TROPEIRO “DE ROCHA” FOI TANGIDO
NA ESTRADA QUE LEVA A SEPULTURA
Percorriam as estradas secas do cariri
Famintos, sedentos, nas noites escuras.
Eu queria afixar seu retrato numa moldura
Para os turistas, ouvirem o que eu ouvi.
E a história dos tropeiros prosseguir
Levando os seus contos a outras criaturas
A e referencia simbólica daquela escultura
Servir de marco da história fincado e erguido
O TROPEIRO “DE ROCHA” FOI TANGIDO
NA ESTRADA, QUE LEVA A SEPULTURA.
Amiraldo Patriota