Na Passarela Fúnebre das dores
Foi embora mais um
Mais dois; as pessoas pranteiam e comentam
Foi um rico ou pobre
Parente ou aderente
Suavemente: partiu ou foi embora
Drasticamente: morreu
A pandemia estacionou aqui
Nas mãos dos políticos ou dos ministros
Nas mãos da nação
Há rejeição e comoção
Mas já não há um padrão
Essa corrupção, é quem em anos nos mata
Essa má distribuição
Ninguém se preocupa ou espera
Todos sofrem e choram
Mas ninguém vela
A culpa é de quem
De um vírus ou das pessoas
Do sistema ou dos senhores
Sem saber explicar... Certa ou errada, vai pelo mais fácil... apontar e condenar
É o que está na boca de todos
De tudo o que não entendem põem na conta de Deus
Na verdade, são informados para desinformar
Etá pais de imperadores
Reis, coronéis e possuidores
Quantos lucraram ou quantos se perderam
Ninguém para e pensa
Que tudo, está ligado ao pouco caso, que se faz por esse país
Não veio de hoje...
No veio do sempre... Eis aí o analfabetismo em cores
A miséria e a falta de amores
A ignorância, a injustiça precedente e esse odor iminente
De miséria e fome
Que sempre vitimou os menos afortunados
Sem se importa o cavaleiro da morte
Hoje não escolhe, os que morrem pouco a pouco
Ele leva a todos, porque todos independente dos bens, os de seus atos
Vão dormir no mesmo buraco