ABRAÇO DE IRMÃO

Releve meus penduricalhos, apetrechos falhos,

sonhos em frangalhos.

Perdoe minhas derrapadas, tantas derrocadas,

barcas furadas.

Esqueça minhas fuligens, monte de vertigens,

esquisitas esfinges.

Foi meu jeito de ser, de tecer, de sobreviver.

Roteiro escolhido, ungido, parido.

Assim prossigo atento, à dor ao vento,

ao relento.

Sou grato à lida, aguerrida, verdade sabida.

Você que não conheço, tenho apreço, sua leitura mereço.

Obrigado pra valer, por aqui permanecer,

por te enxergar sem ver.

Um dia, por que não, nos encontraremos no mesmo chão,

abraço de irmão.

Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 03/05/2021
Código do texto: T7246873
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