O NOVELO DE TESEU
Espere-me algumas eras
Aguarde minhas lágrimas
Elas existem e persistem
Entre as paredes delgadas
Entre as certezas veladas
Presentes nos dedos meus
Sinta minha ausência (presença)
Ei de voltar altivo
Com os punhos sangrando
Com marcas de guerra
O peito estigmado
Os impretéritos sanados
Ore, estou num escuro!
Oh Senhor desfaça dor
Qu’eu disfarço o cansaço
Qu’eu retiro o domo
Aos braços da coragem
Redenção é o qu’eu peço!
Eloí, Eloí, lamá sabactâni!
O choro, o grito, a lamúria
O inimigo me atinge
O “calcanhar de Aquiles”
Navalha meu “pomo de Adão”
Meu frio corpo laçado ao chão
Desiste?