Sonho poético
O amanhã é como aquele instante,
Que perdemos a percepção
Olhando para a gota da chuva
Descendo suave,
Na fresta da janela.
É um muro traiçoeiro
Que impede nossos olhos
De enxergar para frente,
É sempre necessário escalá-lo,
E lá em cima pararmos um instante,
Abrirmos os braços,
Sentir o êxtase da liberdade,
E então pularmos a mercê da sorte...
É a voz da eternidade vinda de longe,
Chamando-me;
Pena que somente minha
Alma pode ir ao seu encontro...
-- Ó meu pobre corpo mortal,
Simplesmente o instante lhe ofereço,
O infinito é para a alma imortal,
Que cumpriu os desígnios de Deus.
Então fico a cismar...
Será que sou digno?
Queria que meu canto
Não pudesse parar...
Autor: Joilson Nascimento Junior