Invasão da dor (...)
Ventos após a aurora,
Plasmado no silêncio após sua história,
Prenúncio da etapa da dor,
Seus ensinamentos são como notas,
Cantam em nossas memórias ,
Jaz o tempo na quintilha do mês
No primeiro dia do nascer daquele sol,
Voz forte ecoa em outra margem,
Num ciclo de uma nova viagem,
Entre escassos minutos,
Estamos nós de passagem,
Na angústia dos nossos desejos,
Com ansiedade para cada desejo,
Naquela manhã ela veio nos visitar,
Fria como sempre, instalou-se,
Sem ao menos pedir licença,
Roubou nos o brilho em cada olhar,
E pôs a inocência a chorar,
Tempestuoso ficou o silêncio do a (mar),
Pois aquela aurora, fora em outro lugar,
Deixando espaços vazios por se completar,
Os braços sentem-se cada vez mais distantes,
Nessa próxima vontade de amar,
Tal como nos ensinaste, sempre em nós acreditar,
Até parece que foi ontem,
Mais um ano de ausência,
E muito ainda para aprender
Com a ilusão da dor,
Para suportar esse inverno,
Só nos resta a chama do amor (...)
(M&M)