Ruge
Ruge
Sou poesia que ruge
Alto na montanha do silêncio
Obscura na frigida noite
Engano das linhas
Que mostram um caminho
De facetas e gavetas
Que descobri no emaranhado
Essência dos amores
Que brotas feito lótus
Brotos de rosas
Desabrocham junto ao orvalho
Formando-se nos respingo humido
Escorre sobre a pétala
Feito igual a lágrima
Caminhando na face
E desaguando no rio profundo,
O leão do caos
A frustração da inquietação
Murmúrio da decepção
No arco-íris em sua cores
Felicidades que brotam
Dentre a linhas discretas
Sem falar o que sente
Mas mostrando-se os mistérios
Do que sente,
Sentir, leve brisa a sorrir,
Sorrir ao rugi da noite
Que poesia-me e poesia-se.
Thiago Sotthero