Rosa Eterna
Veio o vento e despetalou a roseira
Poetizou e tingiu o chão de vermelho
Formou com folhas uma bela esteira
Toda salpicada de rubis verdadeiros
A fragilidade da rosa é só aparência
Se há amor, viceja em toda plenitude
Se há descaso, recusa sua essência
Reina, e quem não concorda se ilude
Deve inspirar devoção, não se possui
Como o colibri que a beija com ardor
É um poema rubro que nunca se dilui
Mesmo frente ao vento avassalador
Pois a rosa será perene nos corações
Durará séculos nos versos dos poetas
Cristalizada sem quaisquer limitações
Tal qual janelas eternamente abertas.