ATO FINAL
Desnublada manhã primaveril
matizes azuis anil
premonitórios já anunciam
calentura em lençóis amarfanhados
noite em abraços amornados.
Mordiscando seus pomos desnudos
incandescentes rubros rosas
já fazem-se regalo
sua sensualidade inebriante
onde deleitamos rogados
conquanto esperançados.
Amoldados conjuntamente
unos intensamente
corações latejantes
lavas incandescentes
invadindo o seu infinito.
Sem pejos algum
unos em amplexos
esvaímos derruídos
desfraldando nossa robustez de mancebo
você diz, concebo
e a lua testemunhal
fecha-se ruborizada ao ato final.